domingo, 10 de maio de 2015

SEGURANÇA NO HIPISMO



    Quando falamos em hipismo a primeira modalidade que vem na nossa cabeça é o salto. Muito embora hipismo seja uma palavra com um significado muito mais amplo do que esse, é dessa modalidade que vamos falar e de tudo o que gira me torno da mesma.

    Infelizmente no Brasil a preocupação com a segurança nas pistas ainda é pequena, os instrutores e profissionais que rodeiam o meio preferem muitas vezes nivelar o esporte por baixo para poder "empurrar" um cavalo para o seu cliente do que realmente se preocupam em ensinar-lhes a técnica correta. Enquanto em países como a Alemanha há toda uma base para que se possa chegar a um nível de competidor profissional, obrigando o atleta inclusive a ter uma carteira profissional para que ele possa participar das competições, aqui no Brasil basta ter um pouco de experiência e muita coragem e é aí que mora o perigo.

   Eu gostaria de não precisar entrar em temas polêmicos como a "mentalidade" brasileira, mas as vezes fica meio difícil quando essa foi uma das principais razões pela qual eu deixei de praticar esse esporte que tanto amo. Afinal as vezes a culpa não é somente do instrutor, pois muitas vezes o mesmo é sério e bastante profissional, porém os pais exigem que o mesmo apresse a evolução dos filhos, exige que ele encontre um cavalo melhor e que salte alturas quase olímpicas que muitas vezes um iniciante não irá conseguir, apenas por status. E o pior de tudo, esse tipo de pai que se junta com um profissional que não se importa tanto com a segurança do aluno é que rege o nosso meio e faz muitas vezes um esporte que poderia ser mais popular tornar-se um esporte de elite. Preferem nas mais das vezes, comprar um capacete GPA e colocar o iniciante em um cavalo de linhagem olímpica e rezar para que ele sobreviva apenas para mostrar aos amigos que seu filho está saltando um pouco mais alto.

   Quem sabe se os instrutores estivessem mais preocupados em ensinar a base para criança e/ou para o iniciante, essa pessoa muitas vezes pudesse com um cavalo não tão valorizado, que não tivesse tanto renome, saltar aquela altura ideal pra ela, sem pular etapas, se divertindo no tempo certo e sem correr riscos e trazendo com certeza uma grande economia para o bolso dos pais.

   Obs: Eu não sou contra o uso do GPA e nem de outros capacetes de elite, acho que se a pessoa tem condições de usá-lo que o faça. O que estou defendendo aqui é que se o nosso esporte fosse levado com mais seriedade talvez conseguíssemos dar acesso a pessoas menos favorecidas ao esporte, aumentando a sua procura e dessa maneira sua concorrência, popularizando o esporte e tornando mais acessível a todos, mas infelizmente parece que no Brasil as pessoas não se importam de praticar um esporte que gostam mas sim que ele dê status.

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